O Grupo Vigorito, uma das redes automotivas mais tradicionais do estado de São Paulo, planeja investir R$ 50 milhões até 2029 em modernização das unidades, digitalização dos serviços e autogeração de energia solar.
O plano acompanha a consolidação da operação multimarcas após a incorporação da rede Vecol, em 2023. Fundada em 1925, a Vigorito completa 100 anos neste ano com 26 unidades operacionais e atuação com as bandeiras Chevrolet, Volkswagen, Nissan e KIA. A empresa prevê um crescimento de 10% a 20% no faturamento em 2025, sobre os R$ 1,54 bilhão registrados no ano passado.
Parte dos investimentos será destinada à implantação de usinas solares em cidades da Grande São Paulo e do interior. A companhia participa do projeto Emissão Zero, da Volkswagen, e quer ampliar sua presença no segmento de híbridos e elétricos. A meta é reduzir custos operacionais com energia e, futuramente, comercializar o excedente no mercado livre. No varejo, a empresa aposta na diversificação de canais e serviços para sustentar a expansão.
Entre as frentes em curso estão o fortalecimento de plataformas digitais de pré-venda e relacionamento, a estruturação de planos de assinatura e consórcios, e a criação de salas exclusivas para atendimento a empresas, pessoas com deficiência (PCD) e usuários de veículos blindados. A expansão da rede ocorre num momento em que o setor automotivo tenta se estabilizar.
De janeiro a abril, a produção de veículos leves subiu 6,7% no país, segundo a Anfavea. Já as vendas diretas — destinadas a empresas, locadoras e públicos com isenção fiscal — cresceram 12,4% no trimestre, representando quase metade dos emplacamentos.
Segundo Hermes Schincariol Júnior, diretor-superintendente do grupo, a estratégia da Vigorito combina a valorização do atendimento físico com a integração de processos digitais. “O consumidor busca comodidade e previsibilidade. Nossa estrutura precisa responder com agilidade e eficiência, seja na loja ou no ambiente digital.”
A empresa é administrada pela mesma família fundadora desde 1925 e, a partir dos anos 2000, passou a adotar práticas de governança e a fortalecer o conselho administrativo.
A gestão vem sendo profissionalizada com a ampliação do corpo executivo e estruturação da sucessão entre gerações. Estão em estudo novos pontos no interior de São Paulo, com base em indicadores de consumo e perfil de mobilidade local.
Fonte: Vigorito / Novo Selo
